quarta-feira, 30 de julho de 2014
te vejo a toda hora
olhei pela sacada e te vi
andei pela estrada e passei tão perto - de ti
mas não quiseste me cumprimentar
andei ao sul, no sol, na sombra
em cada tropeço a via tão colada - em mim
te vejo marginalizada
assim, te vejo toda hora
mas nunca sei, de fato, qual é a hora
te ver a todo tempo é crueldade
te vendo toda hora
não há nem como sentir saudade
ah, infelizes aqueles que fizeram tua amizade
e tu, tão atraente
sensualiza qualquer idade.
maldosa!
desvairada!
te insulto como um alento
te desafio a todo momento
quando quiseres me conhecer
ligue-me, pois ficarei preparado
tomarei a última dose
despedirei-me dos amigos
fumarei o último cigarro
é que ninguém costuma ter sorte
quando vai lidar contigo,
morte.
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