quarta-feira, 9 de julho de 2014

libertiné

deixa pra depois o arder
em subsolo macabro
o acúmulo desse prazer
que por eu humano ser
não consigo me defender

e não há poesia mais bela
do que a cama quando se esfarela

azar
se no subsolo eu queimar
imoralité
indecência
promiscuité
concupiscência

e não há oração mais louvada
do que a que é feita pela coitada

azar
pensando bem
quem quiser brincar
põe o dedo aqui
que já vai fechar 
o abaixaqui

ave maria, 
rezai por nós despudores

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